Jovem que encomendou morte do pai pediu que executores não atirassem no rosto da vítima para ‘velório ser de caixão aberto’, diz delegado

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do caminhoneiro Ayres Botrel, de 60 anos, assassinado a mando da própria filha, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Nos últimos dias, cinco homens foram presos por planejar e executar o crime.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Rodrigo Bello, ao contratar os executores do assassinato, a filha da vítima, Amanda Botrel, recomendou que eles não atirassem no rosto do caminhoneiro “para o velório ser de caixão aberto”

Os detalhes sobre o caso foram divulgados em entrevista coletiva nesta quarta-feira (10). Ayres Botrel estava dormindo quando foi morto na noite de 20 de junho, quando a casa onde ele morava, na praia da Enseada dos Corais, foi invadida por homens armados.

Amanda Botrel foi presa seis dias depois, ao entrar em contradição durante os depoimentos que deu à polícia. Depois disso, confessou o crime, segundo a polícia. Imagens de câmeras de segurança próximas à casa da família mostraram que apenas o carro de Amanda havia entrado na residência, levantando a suspeita de que ela tivesse levado os criminosos.

Os investigadores suspeitaram que Amanda tivesse encomendado o assassinato, interessada no patrimônio do pai, avaliado em cerca de R$ 2 milhões pela Polícia Civil — teoria confirmada pela polícia durante a investigação.

“Nós temos duas confissões. A primeira é a dela, que não é 100% verdadeira. Ela fala que participou, mas diz que foi induzida pelo Daniel. No decorrer da investigação, a gente viu que era mentira, o plano foi dela, a ideia, a proposta do pagamento, tudo”, afirmou o delegado Rodrigo Bello.

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