
Na noite do último sábado (16), policiais militares da 4ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) prenderam em flagrante um advogado de 33 anos, residente em Inajá, no Sertão de Pernambuco. Ele é suspeito de ter cometido crime previsto no artigo 218-B, §2º, inciso I do Código Penal, em conformidade com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), envolvendo sua própria filha, uma adolescente de 16 anos.
De acordo com o Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD), instaurado na madrugada do domingo (17) pela Delegacia de Polícia de Floresta, a vítima compareceu à Delegacia de Inajá acompanhada de um familiar e denunciou que havia recebido mensagens e vídeos de cunho libidinoso enviados pelo pai. O caso foi imediatamente comunicado à Polícia Militar, que localizou e conduziu o suspeito até a Delegacia de Plantão.
Em depoimento, a adolescente relatou que, após a retomada recente de contato com o genitor, passou a receber conversas de teor inapropriado por meio do aplicativo WhatsApp, além de um vídeo íntimo enviado pelo acusado. A denúncia foi confirmada pela testemunha que acompanhava a vítima, que também apresentou às autoridades o material utilizado como prova.
O advogado, por sua vez, negou as acusações, alegando ter sido vítima de clonagem de seu celular. No entanto, segundo informações do inquérito, as mensagens e o vídeo apresentados foram atribuídos ao aparelho do investigado.
Após os procedimentos legais, o suspeito foi autuado e permanecerá à disposição da Justiça para audiência de custódia. A vítima, representada por um familiar, solicitou medidas protetivas de urgência, que foram deferidas pela autoridade policial.
O caso gerou forte indignação e repercussão negativa na população de Inajá e cidades vizinhas, que agora aguardam os desdobramentos da investigação e a atuação da Justiça.
A Polícia Civil de Pernambuco segue responsável pela apuração do caso.