
A partir desta segunda-feira (23), passa a ser obrigatória a retenção da segunda via da receita médica para compra de inibidores de apetite como Ozempic, Wegovy, Mounjaro e similares. Portanto, para liberar esses medicamentos, a farmácia vai ficar com uma via da receita. Esta decisão da Anvisa busca frear a venda indiscriminada das canetas emagrecedoras.
A compra desses medicamentos vai ser semelhante à de antibióticos, por exemplo: O paciente vai até a farmácia, apresenta a receita do médico (que já é obrigatória), e uma via fica retida na loja.
A medida tem apoio de entidades médicas e do setor de farmácias. A diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Flávia Coimbra, afirma que a retenção da receita vai ajudar controlar a automedicação, que pode trazer sérios ricos.
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos apoia a medida e, em nota, manifestou preocupação com a possibilidade de que farmácias de manipulação produzam formulações dos análogos de GLP-1, sem estarem submetidas ao mesmo controle de qualidade dos insumos e fornecedores. Para esse caso o Sindusfarma enviou à Anvisa uma sugestão para que a importação dos insumos para esses medicamentos só possa ser realizada por empresas detentoras de registro destes inibidores de apetite no país.
O Sindicato ainda pontuou que no caso específico da prescrição de medicamentos de uso crônico, como os para tratamento de diabetes e hipertensão, é urgente ter uma legislação específica sobre prazos de validade das receitas. São produtos, que, de acordo com a entidade, são utilizados por vários meses ou anos, e restringir a validade da receita por 90 dias pode prejudicar a adesão ao tratamento.
Fonte: CNN Brasil